Desde o começo, os primeiros cincos livros que compõem o conjunto dos canônicos como parte das Escrituras Hebraicas, foram aceitos pelos judeus como documentos autênticos. Assim, nos dias de Davi, os eventos registrados de Gênesis a Primeiro Samuel eram plenamente aceitos como a verdadeira história da nação e dos tratos de seu Deus com eles. No entanto, adversários das Escrituras Hebraicas têm atacado fortemente o Pentateuco, em particular no que tange à autenticidade e à autoria. Por outro lado, ironicamente a reconhecimento dos judeus, de que Moisés foi o escritor do Pentateuco, podemos salientar o testemunho de antigos escritores, alguns dos quais eram inimigos dos judeus. Hecateu de Abdera, o historiador egípcio Mâneto, Lisímaco de Alexandria, Eupolemo, Tácito e Juvenal, todos atribuem a Moisés o estabelecimento do código de leis que distinguia os judeus das outras nações, e a maioria menciona em especial que ele assentou suas leis por escrito. Numênio, o filósofo pitagórico, até mesmo menciona Janes e Jambres como os sacerdotes egípcios que opuseram a Moisés. (2 Tim. 3:8) Estes autores abrangem um período que se estende do tempo de Alexandre (quarto século a.C), quando os gregos se interessaram pela primeira vez na história judaica, ao do Imperador Aureliano (terceiro século d.C). Muitos outros antigos escritores mencionam Moisés como líder, governante ou legislador. Apesar do estrito cuidado dos copistas dos manuscritos da Bíblia, introduziram-se no texto alguns pequenos erros e alterações de escribas. Ao todo, são insignificantes e não alteram a integridade geral das Escrituras. Foram descobertos e corrigidos por meio de cuidadosa colação erudita ou comparação crítica dos muitos manuscritos e versões antigos existentes. Quanto ao estudo crítico do texto hebraico, teve seu inicio, por parte dos eruditos no século XVIII. Nos anos de 1776-80, em Oxford, Benjamin Kennicott publicou variantes de mais de 600 manuscritos hebraicos. Daí, em 1784-98, em Parma, o erudito italiano J. B. de Rossi publicou variantes de mais de 800 manuscritos. O hebraísta S. Baer, da Alemanha, também produziu um texto-padrão. Mais recentemente, C. D. Ginsburg dedicou muitos anos a produzir um texto-padrão crítico da Bíblia hebraica. Foi publicado pela primeira vez em 1894, passando por revisão final em 1926. Neste, fornecendo um estudo textual por meio de notas de rodapé, que comparam muitos manuscritos hebraicos do texto massorético. O texto básico usado por ele foi o texto de Ben Chayyim. Mas, quando os mais antigos e superiores textos massoréticos de Ben Asher se tornaram disponíveis, Kittel empreendeu a produção de uma terceira edição, inteiramente nova, que após a sua morte foi completada por seus colegas. Joseph Rotherham usou a edição de 1894 deste texto na produção da sua tradução inglesa, The Emphasised Bible (A Bíblia Enfatizada), em 1902, e o Professor Max L. Margolis, associado a colaboradores, usou os textos de Ginsburg e de Baer na produção da sua tradução das Escrituras Hebraicas, em 1917.